Sunday 25 July 2010

Mãos dadas




Cotidianamente busco, em cada olhar, uma esperança.
Uma mísera esperança que eleve minha auto-estima, que me faça forte.
Mas, no mar de gente imersa em seus afazeres corriqueiros,
a pressa em concluir tudo parece arrefecer os corações humanos.
Se não há espaço para a poesia, o que se dirá das estrelas?

Cotidianamente,temos nossos lares invadidos por notícias hediondas
que se sucedem
que se excluem
que se digladiam em nossas mentes
que nos fazem prisioneiros de um mundo cada vez mais individualista.
O que temos em mãos?
Apenas o presente. E uma única certeza: temos todo o tempo do mundo...
para apreciar no brilho da estrelas, o silêncio.
O vagaroso silêncio das horas a nos repetir as mesmas histórias.
O vagaroso trabalho da natureza, harmonioso, mas definitivo.
Renascer a cada manhã, experimentar rotas alternativas, viver...

Não. Não nos afastemos. O pior estágio da solidão
é aquele em que estamos diante de milhares de pessoas e nos sentimos desamparados
Mais desamparados que uma nau à deriva.
Vamos de mãos dadas.

3 comments:

Jeferson Cardoso said...

Por mais que o "EU" faça coisas, é necessário um outro "EU", diferente do meu "EU", venha completá las, enfim não tem como viver só.
Jefhcardoso do
http://jefhcardoso.blogspot.com

Anonymous said...

Perfeito esse poema do Drummond! Verdadeiro demais. Ótima escolha. Um abraço,
Karina

Unknown said...

lindo...perfeito

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