Sunday 5 January 2014

Ao jovem Gábia



DSCN3808
Igor era predestinado?
Incansável Randonneur?
Estrada mística disparando
na sutileza de suas fortes pedaladas?
Projetava em pedaços de papel
nossas rotas a serem realizadas,
inenarráveis aventuras?

Um inesquecível chamado Gábia.
Tinha viagens, destinos plantados
no pensamento?
No coração?

Voava baixo no asfalto,
seria ele um pássaro sobre
a envergadura de seu corpo ainda pueril?
Era uma estrada
e todos os esportistas
na mesma personagem?
Gábia era tudo?
tudo que faz brotar, e renascer
mesmo em dias de intensas névoas?
Deslizava pelas ruas, pedalando?
Guardava veredas na memória,
cada qual com seus desafios, com suas belezas!
Sabíamos que sim.
Em cada cidade redigia seu nome:
gratidão e generosidade sempre o acompanhavam.

E, na vida que se agigantava
seu fado era contagiar a todos
com suas inebriantes (e fantasiosas) estórias,
Invadindo-nos com
a felicidade que torna singelos momentos
em lembranças inesquecíveis!

Mágico sem seus adereços,
incrivelmente mágico ao distribuir
sorrisos e alegria aonde quer que fosse!
Embaixador da alegria
que há por trás da alegria,
dos encantamentos, das
intensas e vibrantes fórmulas
da convivência humana?
Abracadabra? Shazam?

Mundo cercado
não de muros, nem de silêncios,
muito menos de desamor,
mas o mundo-mundo
da esperança!

A figura do menino
permanecia intacta
no homem que grafava, pacientemente,
seu nome na história!
Que mistério seria esse?

E superando quilômetros,
reduzia a distância entre os que faziam
parte do seu mundo.
Era parte da gente,
servindo de ligação
entre o definido e o improvável,
entre o sim e o não,
entre nossos limites e a superação de nossos limites.
Ficamos assim, órfãos,
sem saber (sabendo)
que a próxima viagem seria nossa primeira,
a mais fascinante viagem de nossas vidas.

Rodrigo Alves





















1 comments:

Unknown said...

Lindo lindo lindo
Eh só o q eu tenho a dizer. ..

Post a Comment

Uma história de fadas

  Era uma vez o País das Fadas. Ninguém sabia direito onde ficava, e muita gente (a maioria) até duvidava que ficasse em algum lugar. Mesmo ...

 
;